Duas partes do mesmo.
Somos dois pedaços do mesmo papel rasgados,
Dois amantes condenados,
Separados!...sempre separados,
Em camas e quartos, adiados.
À hora marcada em nada atrasados,
Apenas pela mente ligados,
Dois anjos de branco caiados
Livres parecem donos de si,
Mas tão tristemente um do outro abandonados,
À sombra da espera sentados.
Resta-nos pedir tudo, e de todo o pouco aceitar
Com apetite de faminta fome e a humildade da esmola concedida.
Condensar-mos os meses os anos num só dia,
Eternizar-nos em instantes,
Recarregar-nos na exaustão dos nossos corpos
E esperar…esperar que mais dias nos tragam ás costas
E nos juntem outra vez.
Manuel Brália
Somos dois pedaços do mesmo papel rasgados,
Dois amantes condenados,
Separados!...sempre separados,
Em camas e quartos, adiados.
À hora marcada em nada atrasados,
Apenas pela mente ligados,
Dois anjos de branco caiados
Livres parecem donos de si,
Mas tão tristemente um do outro abandonados,
À sombra da espera sentados.
Resta-nos pedir tudo, e de todo o pouco aceitar
Com apetite de faminta fome e a humildade da esmola concedida.
Condensar-mos os meses os anos num só dia,
Eternizar-nos em instantes,
Recarregar-nos na exaustão dos nossos corpos
E esperar…esperar que mais dias nos tragam ás costas
E nos juntem outra vez.
Manuel Brália

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