O teu rosto flui surpreendente
na superfície liquida do sonho
pujante de acordes e timbres
incendiados
na pauta imaculada da paixão
Os teus olhos verdes anos
cintilam de esperança
oceanos
e tormentos de emoção
reprimida a lua na toada solitária
de silêncio frágil ou rígido
tenso pulverizado
Os teus cabelos
revolta arquitectura projecta
arte
esfíngica escultura intemporal
suspiro subtil poema vivo
no rosto dos meus dias
O teu sorriso apaga intempéries
bonança iluminada melódica doce fresca
magneto de magia vegetal e luar
o teu sorriso
O teu corpo pedaço de terra
vermelha
é o espaço de loucura
de alma escravizada sem reverso
dependente do perfume dos teus seios
dois cachos de brancas glicínias
ou de uvas azuladas
pejados de seiva e glória
que sorvo anel-ante nos bagos dos mamilos
pérolas nacarado de vitória
aveludadas pétalas de memória
a tua pele...
Uma chuva miudinha
beija o teu ventre gracioso
de ninfa e cheiro a fruta
no esteiro secreto de confluência
onde navega um barco de lágrimas
e sémen e cristal e luz
metamorfose
por dentro do sacramentário do teu corpo
útero coração bênção divina
fulgor giesta em flor
ilha de redenção no arquipélago dos órgãos
esplendor o teu útero mais que perfeito
gineceu de vida que a fé embala
ao ritmo dos teus passos
puros firmes musicados pelo vento
num bailado de ramagens e abraços
soltos livres sem idade
como pássaros de cor
no limiar da primavera
ao encontro das flores
do tempo que é só teu...
que é só teu
como se fosse o espaço...
na superfície liquida do sonho
pujante de acordes e timbres
incendiados
na pauta imaculada da paixão
Os teus olhos verdes anos
cintilam de esperança
oceanos
e tormentos de emoção
reprimida a lua na toada solitária
de silêncio frágil ou rígido
tenso pulverizado
Os teus cabelos
revolta arquitectura projecta
arte
esfíngica escultura intemporal
suspiro subtil poema vivo
no rosto dos meus dias
O teu sorriso apaga intempéries
bonança iluminada melódica doce fresca
magneto de magia vegetal e luar
o teu sorriso
O teu corpo pedaço de terra
vermelha
é o espaço de loucura
de alma escravizada sem reverso
dependente do perfume dos teus seios
dois cachos de brancas glicínias
ou de uvas azuladas
pejados de seiva e glória
que sorvo anel-ante nos bagos dos mamilos
pérolas nacarado de vitória
aveludadas pétalas de memória
a tua pele...
Uma chuva miudinha
beija o teu ventre gracioso
de ninfa e cheiro a fruta
no esteiro secreto de confluência
onde navega um barco de lágrimas
e sémen e cristal e luz
metamorfose
por dentro do sacramentário do teu corpo
útero coração bênção divina
fulgor giesta em flor
ilha de redenção no arquipélago dos órgãos
esplendor o teu útero mais que perfeito
gineceu de vida que a fé embala
ao ritmo dos teus passos
puros firmes musicados pelo vento
num bailado de ramagens e abraços
soltos livres sem idade
como pássaros de cor
no limiar da primavera
ao encontro das flores
do tempo que é só teu...
que é só teu
como se fosse o espaço...
M.Brália

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