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quarta-feira, 26 de setembro de 2012







Alguma coisa

Alguma coisa onde tu parada
fosses depois das lágrimas uma ilha,
e eu chegasse para dizer-te sorri
de repente apontava-te a vidraça da janela.

alguma coisa onde a tua mão
escrevesse cartas para chover
e eu partisse a fumar
e o fumo fosse para se ler

alguma coisa onde tu ao norte
beijasses nos olhos os navios
e eu rasgasse o teu retrato
para vê-Io passar na direcção dos rios

alguma coisa para onde tu corresses
numa rua com portas para o mar
e eu se fosse preciso morresse
para ouvir-te sonhar.
M.B

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