O AMOR
O amor estava triste
e calado
e olhava os próprios pés
enquanto chutava pedras soltas pelo chão.
O amor pensava
e remoía o pensamento
querendo só saber
qual a razão de não poder amar.
E o amor olha o céu e a lua
e baixando os olhos via estrelas
dançando na superfície d’água.
E o amor imaginava
um dia poder amar e assim dançar
na superfície de um sonho.
A dor seguia o amor
e calado e cabisbaixo
bebia as lágrimas do desamor.
Então uma dia
o amor olhou ao longe
e vislumbrou silhueta
azulescente efervescente
de uma mulher.
Aproximou-se
rodopiou
sentiu o cheiro
afagou os cabelos
sentiu a pele numa carícia
olhou nos olhos
sentiu se dois e o amor sorriu e amou!
Manuel Brália

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