Pesquisar neste blogue

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A ESPERA...



Eu à noite esperava
Tardavas não vinhas
E a noite partia
E em branco ficava
Com raiva, com mágoa
Com alma partida
Com as culpas, desculpas
Da fome cansada
Eras tudo e eu nada
Numa noite passada em claro
O teu beijo calado não dado
Ficava na curva da estrada
Eu esperava  sentado, cansado
Da espera que a nada levava
Na minha cabeça
Cavalgada pensada
Meu  corpo escondia
Um sopro de vida
Entre minha pele ardia.
Minha espera…minha espera
Minha hora sem sorte
Esperar é uma sina
Minha bússola sem norte
Minha espera caminha
Desistir é pós os fracos
Permanecer é pós  fortes
E em meu peito nasce a morte.

Manuel Brália

Sem comentários:

Enviar um comentário