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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Na tua ausência

Na tua ausência
Sou gente sem garra vontade impura
Sou alma já sem cura
Corpo sinistrado
Espírito vizinho da loucura
Da fé que a dor embala
O dia nasce em noite escura
Existo eu….
Meu corpo despejado ao abandono
Um cão perdido sem seu dono
Na medida entre a espada o amor a dor e o aço
Existo eu e o meu cansaço
E no meu peito um louco desvairado, enjaulado
A bater fatigado se obriga.
Na tua ausência…
Caminho arrastado triste vida
Amigo do pecado enraivecido
Meus olhos vagos tristes e calados
Olhos que se colam ao vazio
Meu pranto derramado em cama fria
Meu ser, assaltado mãos vazias
Na  cinzenta caminhada dos meus dias
Sem prazer e comedido
Sem chão sem fundo sem riso
Do círculo espaçado dos teus passos
Distancia entristecida dos teus braços
Na tua ausência…existo como sombra.

Manuel Brália

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